A cada post quase interessante que faço, segue-se outro falando de quão corridas as coisas estão, e isso bem me irrita, porque gostaria de chegar aqui uma única vez e falar, nossa, não postei porque não tinha nada para fazer, ou as coisas estão tão devagar que nem ao menos tenho assunto para escrever, mas em fim, talvez seja a modernidade, talvez a cultura, ou quem sabe e provavelmente é a tecnologia que nos conduz a essa pressa, esse excesso de ação, e a necessidade constante de reação.
Imagina pegarmos um computador um pouco mais antigo, como um Windows 95 ou 96, aquele mesmo, com a tela funda, que ocupava um espaço considerável na mesa, imagine-se ligando-o, acho que a espera nos enlouqueceria, pelo menos eu já estaria frita, digitando apressadamente e procurando formas de torna-lo mais rápido e eficiente, se já com o meu, um não mais novíssimo, Windows 7, com um processador considerado até ontem power e de ultima geração, já fico louca procurando formas de diminuir a quantidade de aplicativos inicializáveis, de funções nos programas para que ele atenda a velocidade que meus dedos conseguem digitar. Acho que preferiria jogar o bom e velho Windows 95/96 pela janela ao esperar que sejam 10 segundos por uma resposta.
Pois é, e dessa mesma forma, sem paciência, sigo levando a vida, sem rumo, ou mesmo seguindo algum caminho sem saber ao certo onde vou parar, tudo passando rápido, perdendo algumas coisas enquanto procuro por outras. Não preciso nem dizer o quão corrido foi o final do ano passado, e nem mesmo o quanto corri o começo desse ano, mas felizmente, pude parar e apreciar algumas coisas que como á tempos fazia.
Último dia de 2012, após sobreviver ao fim do mundo, pude aproveitar um dia incrível nas cachoeiras, com amigos que á pouco tempo eram quase como desconhecidos, e que tornaram-se, tesouros que quero comigo para sempre. Poder passar dias incríveis ao lado dessas pessoas, cercada de risadas e confusões, ouvindo sobre paixões, amigos e até mesmo trabalho, me fez ver como eu sentia falta disso, desse contato, dessa certeza de pertencer a algo que não envolve só a mim, mas aos outros, sentir-me importante, tem sido uma aventura, como se tudo pudesse acontecer em um piscar de olhos.
Qualquer que seja o programa, andar na praia, descobrir uma trilha, nos reunirmos no bar, beber um vinho, ver um filme, sentar e conversar, cada programa por mais simples que seja, se tornou algo memorável, algo que não quero ter que abrir mão nunca.
É até piegas falar isso, mas realmente, é como se tivesse me descoberto de novo, me permitindo conhecer e ver que a cada dia me transformo mais na mulher que desde criança quis ser. Em 2012, aprendi a me conhecer, a me valorizar e me deixar levar pelas minhas vontades e desejos, não digo que sempre tomei as atitudes certas, muitas vezes tomei as erradas, mas de todas as ações que tive, não me arrependo de quase nenhuma, porque sei que realmente segui o que achava certo, o que julgava bom e que me faria feliz mesmo que apenas por alguns minutos.
Pensando desse jeito, sei que mesmo apressada pelo mundo, eu não to nem ai, para a velocidade que ele anda, apenas sigo meu fluxo, até que o mundo se adeque ao meu tempo e me mostre meu caminho. Porque sinceramente, tenho aproveitado demais para parar agora, tenho me permitido demais, me conhecido e conhecido aos outros, ao ponto de querer conhecer tudo ainda mais. Então de desejo atrasado de ano novo, eu quero apenas viver muito mais tudo o que está por vir.
Bate aqui Mari, 0/*
Também sou apressada e só de imaginar aquele velho windows rodando eu ja fiquei agoniada! Kkkkkkk
A vida de gente grande vai deixando as coisas corridas, o blog esquecido, eu sei como é. Aos poucos, e isso já perdura uns 3 anos, eu estou tentando voltar a normalidade no blog, e não obtive muito êxito. Fico feliz de ver os blogs que eu visitava ainda de pé!
Beijo, e feliz 2013 pra gente!