Faz um tempo, estava rolando um viral da Dove, falando sobre a real beleza da mulher, não sei se alguém chegou a ver, mas eu achei realmente incrível a ideia por trás dessa campanha. E se pensarmos é um conceito tão antigo, que me admira que outras marcas não tenham feito nada parecido ainda. Abaixo o vídeo para quem não viu.
De uma sensibilidade marcante, a Dove mostra às mulheres e até aos homens uma prova de que nossa percepção de nós mesmos é sempre pior do que a percepção que os outros tem de nós. Eu fico me perguntando, porque temos essa mania de achar que a grama do vizinho é sempre mais verde, de que a amiga loira é mais bonita, a morena mais exótica, e que definitivamente todos são mais interessantes que nós, porque temos essa mania de achar que somos feios e nunca valorizar aquilo que temos de bom, sendo que muitas vezes sabemos qual parte de nós é elogiada, e até invejada pelos outros.
Temos uma mania ridícula de minimizar os comentários positivos e abraçar os negativos como se cada comentário positivo mostra-se uma realidade que não condiz em nada com o que somos. É muito mais fácil citar 30 defeitos do que 30 qualidades sobre nós mesmos, talvez porque nos conheçamos bem demais, ou melhor, nos aturamos por mais tempo, porque para qualquer pessoa falar 30 qualidades suas é muito mais fácil que exaltar 30 defeitos.
Então proponho fazermos uma tentativa, que deu muito certo comigo, para tentar minimizar essas criticas que temos de nós mesmos. Aposto que existe uma pessoa que você admira, que você gostaria de estar sempre ao lado, procure um defeito nela, com certeza ela o tem, observe como ela age em relação a esse defeito, agora veja uma qualidade, veja como ela percebe essa qualidade, e tente incorporar essa qualidade em você. Tente se fazer um pouco mais parecida com a qualidade que você admira.
Quando fui fazer intercambio, acreditava que era quase como uma escória da sociedade, que não tinha absolutamente nada que me fizesse interessante, que simplesmente ninguém teria vontade de se aproximar de mim, me achava anti-social, feia, chata, uma alienigena!. Eis que, odiava me sentir assim, então simplesmente decidi que iria mudar tudo o que não gostava, ou quase tudo, ia me tornar interessante, ia ser social, e tentar mostrar para as pessoas uma “Eu” que elas gostariam de estar por perto. E foi exatamente o que eu fiz, deixei todos os meus preconceitos de lado, decidi que tudo seria valido, que me envolveria mais com as pessoas, seria mais festeira, pois todo mundo gosta de alguém que gosta de festas, a energia das pessoas festeiras tendem a contagiar o ambiente, seria alguém que as pessoas gostam de conversar, ou seja, aprenderia a ouvir e quem sabe falar, deixaria de ter medo de mostrar minhas esquisitices, afinal, elas talvez nem fossem tão esquisitas assim, comecei a me vestir de uma forma que me sentia bonita e confortável, seja na calça de moletom velha, com chuteira de futebol, ou com bota e roupa de balada, não valia a pena ficar me preocupando com a forma que estava vestida, se era de acordo com o que os outros gostavam, mas se eu estivesse bem comigo mesma, as pessoas automaticamente me elogiavam, e gostavam do estilo que eu criava.
Não me preocupava se me chamariam ou não para festas e reuniões eu poderia simplesmente ser aquela que organizava, e dessa forma, eu que diria quem estava convidado. Não importava se era bonito, feio, esquisito, fedido ou cheiroso, todos eram bem vindos, porque, bom, seguia a teoria de quanto mais melhor, quanto mais gente, mais historias e mais risadas. E isso fez com que aos poucos, eu não precisasse organizar nada, porque as pessoas passavam a me querer por perto, passavam a lembrar de mim, passavam a me ver como eu queria que me vissem, alguém auto-astral, que era querida e divertida de se ter por perto.
Confesso que não é fácil, a dúvida e a insegurança estão sempre ai, mas não vale a pena me privar de coisas que me fazem feliz simplesmente por ter medo do que vão pensar de mim, ou do que eu vou pensar que as pessoas pensam, porque acredite ou não, ninguém da a mínima se você está alguns quilos mais gorda, é uns centímetros mais alta ou mais baixa, se está de azul ou verde, ninguém está nem ai se você também não estiver, então, mude sua postura para com você, tente fazer um pouco mais daquilo que você acha interessante, tente se divertir mais, se mostrar mais, que com certeza os outros vão reparar naquilo que você quer que eles reparem.
Já tinha visto o vídeo e achei a campanha incrível!
É sempre assim, não é? Poucas vezes nós temos a noção certa do nosso real valor. O que importa é se amar, aprender a se gostar.
Beijinhos
Todos esses fenômenos de críticas nada construtivas contra nós mesmos acontece apenas e tão somente porque o ser humano acha bonito ter pena de si mesmo – e se diminui.
As pessoas procuram defeito em tudo, inclusive nelas mesmas, e praticam um egocentrismo às avessas para justificar suas limitações.
É cruel, porém real. Vivemos numa baixa auto-estima.
Abraços.
Obrigada, querida, não preciso mais, arrumei uma hospedagem free, que dizem que é boa… Fico com pena de não ter um endereço mais “profissional”, mas melhor do que nada 🙂
Beijinhos
Essa propaganda da Dove ficou ótima! É de se pensar o quanto as pessoas têm uma imagem tão negativa de si mesmas. O que é uma pena, pq perdendo tempo se prendendo à coisas negativas deixamos de aproveitar bons momentos. Fiquei curiosa pra saber como uma pessoa que não me conhece me percebe, haha, gostaria de participar de uma ação como essa. 🙂
E mais um feriado veio e não consegui te visitar! Mestrado está me deixando bem doida, às vezes fico pensando pq entro nessas confusões…! Mas ainda te visitarei, aguarde! =*