Dia 8 de março, aquele dia incrível em que nós mulheres somos homenageadas, recebemos descontos nos salões de beleza, ganhamos flores, chocolates e até mesmo joias dos homens cuja a vida fazemos parte. Confesso que me alegrei muito ao receber parabéns e felicitações de amigos queridos que se importam comigo, é muito gratificante saber que tem gente que se importa com você o suficiente para lhe desejar um pouco daquilo que merecemos todo os dias.

Mas no geral, esse ano o dia internacional da mulher, me pareceu um pouco vazio, embora tenha lido muitos comentários, posts, e noticias de quão maravilhosas nós somos, das diferenças que temos feito e das nossas conquistas profissionais e pessoais, me irritou um pouco o fato de termos que ter um dia para nós. Um dia para sermos notadas, para que todos parem e digam: ah, não somos nada sem vocês, quando na realidade, isso deveria ser demonstrado todos os dias.

De qualquer forma, acho interessante o uso desse dia, para potencializar campanhas contra os maus-tratos da mulher, exploração, e impulsionar o feminismo, e quando digo feminismo, não me venha com esse papo idiota, que se nós queremos direitos iguais, então vamos ter que aprender a dividir a conta, e o motel. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, até porque, quando dizemos feminismo, estamos falando mais especificamente de sermos respeitadas, bem tradadas, e com os mesmo direitos, isso não implica que eu não possa ser cortejada e me sentir delicada e cuidada quando saio com meu namorado.
Feminismo é poder decidir o meu futuro, e não precisar exclusivamente e indispensavelmente da aprovação de um homem para ser feliz. Não preciso fazer tudo o que o homem faz, mas posso fazer tão ou quase tão bem quanto a maior parte das coisas, e ainda assim, não é para eles esquecerem que ao mesmo tempo que consigo fazer tudo isso, existe uma parte que quer se sentir delicada e cuidada, de ser bem tratada pelo outro, e apesar de eu não conseguir explicar isso claramente, esse post aqui, pode ajudar a esclarecer qualquer duvida.

Em fim, estava vendo algumas outras matérias relacionadas ao feminismo e uma no portal da uol me chamou a atenção. (Link, que falava sobre como a bolsa familia ajudou as mulheres nordestinas a alcançarem sua independência financeira. Não precisa ler mais do que a chamada para ver quão ridículo isso soa, mas me concentrei e me esforcei para ler toda a matéria, torcendo para ser uma daquelas chamadas que nada condizem com o assunto em questão, o que não aconteceu.

Terminei o artigo revoltada. Sinceramente, como alguém pode considerar que se torna independente vivendo sustentada por um programa social. Em um país, onde ninguém gosta de trabalhar, e todos procuram uma forma fácil de ganhar dinheiro, ter que ler uma noticia dessas me tira do sério, e me torna completamente séptica ao imaginar um futuro melhor para esse país. Alguns podem dizer, ah, mas isso é bom. E eu digo, claro, se você acha que é bom, pagar os impostos para sustentar um bando de vagabundo que tem um milhão de filhos e não pensa em melhorar a vida, para não perder o incentivo do governo, então fique a vontade e pense que está tudo bem, mas eu não acho isso.

Não sou de entrar muito em politica aqui, principalmente porque acho um assunto revoltante, por me sentir completamente inútil por não poder fazer nada para mudar a situação, fico deprimida ao ver, que jornalistas, escrevam coisas como essas, considerando isso uma coisa boa, em que é bom, as mulheres se tornarem independentes dos maridos, para se tornarem dependentes do governo.

E vamos falar a verdade, não é só esse assunto que revolta a mim e a todos e por mais indignação que encontre nas redes sociais, aparentemente mente, nada é capaz de mudar alguma coisa nesse país.

#ufafalei!