Mãe, pai.
Não sou muito boa nisso, de falar com vocês sobre coisas emotivas, e sobre vocês. Não sou a filha tipica que fica falando, te amo, pra vocês em redes sociais, sou mais para a que chega em casa e surta com vocês porque a bolinha do Samuel está fora do lugar e desconta a raiva as vezes sem nem perceber. Mas queria aproveitar para agradecer, obrigada por serem meus pais, por me darem tudo e mais um pouco e por me amarem mesmo quando eu não mereço.
Sei que tiveram vezes e vão haver outras em que vocês quiseram me matar, que devem ter tido vontade de nem ter filhos quando eu aprontava algumas coisas, eu com certeza no lugar de vocês pensaria assim, mas mesmo assim, mesmo nesses momentos você ficaram do meu lado e me apoiaram, até quando não deveriam. Alias, obrigada por isso.
Tudo bem que não fui adolescente rebelde, mas também não sou tão easy quanto vocês gostariam. Sempre contribui para os cabelos brancos de vocês e sempre fui sincera e crítica demais, o que as vezes vocês não gostavam e ainda não gostam muito. Desculpe pelas críticas severas e também pelas vezes que desobedeci vocês. Vocês sabem que vou continuar brigando pela forma como dirigem e que mexem no celular. E vocês, por outro lado, vão continuar brigando comigo exatamente pelo mesmo motivo.
Agradeço a vocês por terem me feito assim, do jeito que sou, podiam ter evitado me passar as dores nas costas e o estresse exagerado do papai, mas tudo bem, como vocês sempre me dizem, filho de peixe, peixinho é né?
Espero que ainda me tirem do sério muitas vezes nessa vida, e que eu não tenha que viver nenhum dia sem vocês, só tenho a dizer realmente, muito obrigada, por tudo. Mesmo.
Que carta linda Mari, me emocionei aqui. Nossa, como sinto falta da minha mãe. Principalmente a noite, na hora do beijo antes de dormir. As pequenas coisinhas.
Adorei sua carta. Um abraço.