Os corvos de Avalon, de Marion Zimmer Bradley conta a história da conquista Romana na Bretanha, desde o ponto de vista e das influencias de duas mulheres, a Sacerdotisa Lhiannon e a Rainha dos Incenos, Boudica. No livro ambas demonstram suas forças e fraquezas na hora de fazerem suas escolhas. Ambas se conheceram na ilha de Mona, cercadas pelos Druidas e suas magias, como sacerdotisas. As duas se tornam amigas, apesar de Lhiannon ser mentora de Boudica, o carinho entre as duas é forte. E mesmo seguindo caminhos diferentes, as duas servem a deusa para lutar pela liberdade da Bretanha. Lhiannon opta por seguir como sacerdotisa e nunca se entregar ao homem que ama, mesmo sabendo que a Suprema sacerdotisa nunca a escolheria para o cargo que ocupa. Enquanto Boudica decide por volta a suas terras e casar-se com o rei supremo dos Incenos Prasutagus.
Em caminhos separados, Lhiannon passa boa parte dos seus dias com os rebeldes que tentam proteger a Bretanha da invasão romana, enquanto Boudica e Prasutagus para trazer a paz para seu povo acabam tornando-se clientes de Roma, até que Prasutagus morre e suas terras são tomadas pelo império romano por meio de algumas atrocidades que fazem Boudica tornar-se a rainha guerreira e liderar um exercito para lutar contra Roma, e embora a rebelião não tenha tido sucesso, o nome de Boudica ficou temido por todo a Bretanha de Roma.
Após vivenciar inúmeras batalhas, Lhiannon decide viver em reclusão com o que restou do conhecimento dos Druidas, como Suma-sacerdotisa, transmitindo os conhecimentos as sacerdotisas que jurarem lealdade a Deusa. É nesse ponto que dá inicio o próximo livro das histórias sobre Avalon, A casa da Floresta.
Dos livros acho que até agora esse foi o mais sangrento, talvez pelo período de conquista da Bretanha ter sido realmente um período violento, mas foi até agora o livro que mais descreveu as mortes, o sangue o medo e a insegurança da guerra marcando as páginas com como poderia dizer, o “peso das mortes” e os significados que dela geraram. Não sei se me expressei bem, mas acho que é possível sentir que os personagens agiram desse modo, devido a carga que traziam das batalhas. Mas independente disso, esse foi o que eu menos me identifiquei com as personagens, tanto Lhiannon quanto Boudica, não me agradaram a primeira vista e mesmo no decorrer do livro confesso que não me apaixonei pelas duas.Lhiannon principalmente, achei que embora ela fosse uma das grandes heroínas do livro, deixou a desejar, não que não tenha sido uma heroína ou não tenha feito as coisas certas mas faltou algo. Já Boudica me deixou um pouco mais intrigada no decorrer do livro, confesso que há admirei em algumas horas por sua coragem e chorei pela sua perda, pois diferente das outras personagens de Marion que amam a primeira vista, com Boudica o amor foi acontecendo aos poucos e de forma natural, além disso, ela demonstrou uma coragem incrível para superar os obstáculos e tornar-se a heroína que para mim faltou em Lhiannon, apesar dela ter sido uma heroína a sua maneira, enfrentando as guerras e sobrevivendo a elas.
É isso! E logo eu venho com mais alguma resenha para vocês! Ou quem sabe com algo sobre minha viagem a Inglaterra, que para ser sincera… ah me belisca, que ainda não realizei que vai realmente acontecer! hehe