Hoje parece que tudo é mais fácil que antigamente. Tudo está a um palmo de nossas mãos, só precisamos nos esforçar para segurar, e mesmo assim, achamos que tudo é impossível ou que dará muito trabalho, e muitas vezes, deixamos tudo como está, para não correr os riscos. Se hoje é tão difícil, imagine a mil anos atrás, ou até mais, quando não existia luz, carros e água encanada. Uma época em que se quiséssemos beber água precisaríamos ir até o rio para fazê-lo, e que se quiséssemos comer, tínhamos que caçar ou plantar com nossas próprias mãos, deveríamos aprender em que época plantar e em que época colher, o que podia ser comido e o que não, sem apenas olhar a data de validade.
Claro, talvez não tenhamos como comparar esses dois tempos, pois para mim, eles parecem opostos e mal acredito que um dia nossos antepassados faziam esse tipo de coisa para sobreviver. Mas acho que essa é a grande diferença entre nosso tempo e o deles, nós “vivemos”, eles sobreviviam.
Talvez se tivéssemos que sobreviver, não gastássemos tanto tempo pensando em coisas sem valor como a roupa que a última BBB estava usando ou a última fofoca de uma estrela americana, talvez nos preocupássemos com coisas que realmente importam, como fazer o possível e o impossível para ficar perto daqueles que amamos, e não simplesmente trocar de amor como mais uma peça do nosso guarda roupas.
Antigamente, homens e mulheres eram obrigados a se casar, sem nem se conhecerem, sem se amarem, mas como não tinham outra escolha, aprendiam com o tempo a pelo menos aceitarem um ao outro, e com sorte, descobriam algo mais profundo como o amor. Hoje em dia, não somos obrigados a nos casar, nem mesmo em situações extremas, como um filho que está para nascer, e mesmo não sendo obrigados, muitas pessoas optam por casar-se, ou morar juntas como se fosse uma brincadeira de casinha, como aquelas que todas as meninas brincavam com suas Barbies, sonhando com um casamento e um final feliz. Mas ao primeiro sinal de perigo, na primeira dificuldade, corremos de volta ao braço dos nossos pais, terminamos, e logo encontramos outro amor, como se o anterior nunca tivesse acontecido.
Me pergunto, como as coisas mudaram tanto a chegarem a esse ponto. Não acho que alguém deva ficar em um casamento infeliz, mas acho que deve lutar para ser feliz na situação em que está, mas como eu disse, hoje em dia é muito mais fácil desistir ao invés de lutar pelo que se acredita.
Acho triste que estejamos tão acostumados as facilidades do mundo moderno, que nos esquecemos que nem tudo tem que ser fácil, que nem sempre estaremos certos, que opiniões diferentes não significam o fim do mundo mas sim, uma chance para evoluir. Esquecemos que as maiores felicidades das nossas vidas tem que ser conquistadas e não compradas. E principalmente, que o amor raramente é um achado, mas é normalmente construído.
Acho que as pessoas se esforçam pelas coisas erradas, se apóiam nos valores errados e finalmente desistem daquilo que é certo. Será que não está na hora de repensarmos algumas coisas?
Okay, eu sei que disse em algum post que iria colocar masi sobre o intercambio que vou fazer, mas minha inspiração veio por conta do livro que estou lendo A Casa da floresta, e da briga/discussão que tive com o Dan no domingo… Mas nossa, como eu amo livros que me fazem pensar! Ele acabou de me render um bom – na medida do possível – texto! Talvez tenha falado um pouco demais mas na verdade acho que diexei de falar muita coisa!