Engraçado, toda vez que começo um post com algo desse tipo, pensamentos filosóficos ou seriam delírios mesmo, me vêem a mente. E claro, dessa vez não é diferente.
Ao fazer uma retrospectiva do ano que passou, sinto que foi um ano quase que em branco, apesar das conquistas… Pelo que me lembro, passei os últimos 6 meses, entre loucuras do TCC e a difícil decisão do que queria para minha vida, e apesar de que em alguns momentos achar que o TCC seria mais difícil de terminar do que decidir o que eu queria para minha vida, bem, continuo depois de 6 meses de luta interior sem fazer a menor idéia do que quero.
Se fosse só isso, tudo bem, ainda acho que o tempo vai resolver minhas dúvidas e um dia eu vou acordar com a resposta pra dar um passo, mas eu vejo meus amigos todos trabalhando ou determinados a conseguir algo, enquanto eu não faço a menor idéia do que quero, e isso é um pouco revoltante, tudo bem, ninguém tem culpa de seguir a vida, mas é revoltante aqueles que são mais novos que eu, passarem por mim, decididos e contentes enquanto eu continuo batendo minha cabeça na parede e me sufocando com pensamentos que não progridem em nada e muito menos pendem para algum lado.
Parece que tudo está estagnado mas ao mesmo tempo voando e sinto que da próxima piscar os olhos estarei com trinta anos e não terei realizado nada por mim mesma em minha vida. Não sei, se estou completamente errada e me dando pouco valor, mas as vezes acho que aquela garotinha que sonhava com castelos, monstros e princesas sem temer absolutamente nada, me deixou com a adolescente revoltada e medrosa que seguia a filosofia do deixa estar, mas estourava a cada 10 minutos. Enquanto isso, a eu de agora, se vê do tamanho da garotinha que não tinha medo, mas não tem a força e a fúria da adolescente que mobilizava amigos e inimigos. Imagino se ao juntar as três, me sentiria com a idade que tenho, e mais importante, será que finalmente conseguiria dar um rumo a minha vida.
Já ouvi dizer que se perder muitas vezes é o que é preciso para se encontrar, mas parece que só metade de mim está perdida, e será que só metade pode achar a outra metade? Ou será que preciso deixar para trás tudo até agora e me perder completamente para finalmente me achar? Se for preciso isso, será que tenho a coragem para por em risco tudo que eu mais preciso? E se fizer isso, será que vou conseguir dar um passo? É um risco grande demais, um risco que eu não gostaria de correr, então, será que tem outro jeito?