Resenha: Os ancestrais de Avalon de Marion Zimmer Bradley

No final do livro que antecede Os ancestrais de Avalon, Deoris, teve uma filha e Reio-ta, irmão de Mikon a dá aos cuidados de Domaris, que está sendo exilada do templo da luz e se dirige a Ahtarrath, ou como Atlantida. Enquanto isso, Deoris, continua no templo da luz, cuidando do filho de Domaris com Mikon, Mikail. Anos se passam e aqui começa Os ancestrais de Avalon.

Nossa, é realmente difícil escrever sobre um livro que eu gostei muito, tudo que me vem a cabeça para deixá-los loucos de vontade de ler, acabaria sendo spoiler! É revoltante, mas vamos tentar…

Deoris, vai com Mikail para a Ahtarrath, e lá ao se encontrar com Domaris, Deoris descobre que sua filha, estava viva. Um reencontro emocionante entre mães e filhos, dá inicio a história, que contará desde a infância de Mikail e Tiriki na terra do Sol, o momento predestinado pelos sacerdotes, em que a terra de Ahtarrath estava destinada a afundar no mar, até difícil chegada na Bretanha e as provações para criar o novo templo do sol naquelas terras chuvosas e frias.
Mikail e Tiriki são um casal fácil de se gostar, ambos sacerdote e sacerdotisa, rei e rainha, dois corpos e uma única alma, quando estão juntos são invencíveis e apaixonantes, cada um deles com suas qualidades, acreditam plenamente na força do outro, são os amantes que todos gostaríamos de ter, devotados e apaixonados.
Como Rajasta, havia previsto, Atlântida estava fadada a perecer e Mikail e Tiriki, juntos iriam erguer um novo templo, em uma nova terra. No momento conturbado da partida, Mikail e Tiriki acabam se separando, e ambos acham que o outro não conseguiu sobreviver. Com muito custo o navio de Tiriki chega a terra prometida e lá ela e todos que estão em sua embarcação, aprendem a viver como o povo da terra, conhecendo seus costumes, aprendendo sua língua, para sobreviver. Enquanto isso, Mikail, chega a terra prometida, por um outro lado, e começa junto com outros que estavam com ele, a difundir seus costumes para tentar criar o novo templo.

No decorrer do livro, sentia uma agonia, já que os dois não se encontravam e ficava aflita desejando desesperadamente que um fosse procurar o outro e realizassem a profecia, e conforme as coisas iam acontecendo, eu ia ficando com bastante raiva do Mikail, acabava até brigando com o Dan, pelos homens serem insuportavelmente relaxados! Hehe mas a raiva foi passando graças ao odio e também a compaixão que fui tendo por outros personagens na história. E apesar de odiar ver os dois separados, vê-los sobreviver dessa forma,sonhando e desejando um ao outro, me fez pensar em como horrivel seria ter o Dan longe de mim, e o quão importante é nos afastarmos daqueles a quem amamos, para poder crescer.

Agora que paro para escrever essas palavras, percebo que foi isso que me deu coragem para procurar coisas referentes ao intercambio e embora o Dan já tivesse dito que eu deveria ir e tudo mais, acho que não teria coragem para ir, se não tivesse lido o livro, acho que não encontraria coragem e vontade o suficiente para dar um único passo.
E sabe, acho que podemos ver quando um livro é realmente bom, quando ele nos faz repensar nossas escolhas e nos empurra para um caminho. Dito isso, termino aqui minhas palavras sobre Os ancestrais de Avalon, de Marion Zimmer Bradley e Diana L. Paxon.