quarta-feira 24/04/2013

O novo mal do mundo, a igreja?

Tem coisas que não gosto de discutir, pelo simples fato de acreditar que cada um tem direito a sua opinião e agir de acordo com o que acredita, porém e não é exatamente de agora, tenho notado o quanto as pessoas estão abusando do direito de acreditar e também de agir através de suas nem tão humilde assim, opinião. Já dizia aquele velho e feio ditado, gosto é que nem cú, cada um tem o seu, e sinceramente, não existe nada mais verdadeiro que ele, só não sei porque cargas d’água, as pessoas acham que podem ignorar a opinião e gosto alheio, e tentar impor os seus, como se tudo além daquilo fosse errado, feio e até mesmo uma ofensa.

Cá entre nós, se sou gay, hetero ou gosto de animais, isso não é da conta de ninguém, e aqueles que sabem o que sou, tem mais é que respeitar minha escolha e se não puderem viver com ela, simplesmente sumir da minha vida, o que é uma escolha da pessoa que não consegue conviver com a diferença.

Sou mulher e gosto de homem, para a minha felicidade, pois assim faço parte da maioria e não sofro preconceito daqueles que não aceitam que alguém possa simplesmente gostar de alguém do mesmo sexo. Eu realmente não vejo graça em outra mulher, sinceramente, eu me basto nesse aspecto, e não conseguiria ficar ou namorar outra menina, afinal, mal tenho paciência comigo mesma, imagina outra. Em todo caso, tenho amigas e amigos gays, bi e heteros os quais respeito e admiro muito, não apenas pela coragem de saírem a público, mas pelo simples fato de lutarem para ter o que querem.

Fico revoltada quando estou por ai e vejo pessoas que não aceitam as escolhas das outras, e as tratam como se fossem ets, e me admira ainda mais, que boa parte dessas pessoas que criticam e faltam com respeito as outras, fazem parte de um núcleo que por si só deveria ser tolerante, compreensível e receptivo as condições humanas mais variadas, se ainda não sabe, falo da incrível e inigualável força maior que controla todo o universo, a famosa Igreja/Religião, que deveria mostrar a todos uma politica de aceitação maior, de respeito e amor ao próximo, mas que pelo que tenho visto, parece apenas pregar tudo ao contrário! Mostrando que por mais que todas as politicas estejam a favor das massas oprimidas, para fazer parte da igreja, você precisa apenas fazer parte da massa opressora, e dizer não a tudo aquilo que for diferente e que questione o senso comum dentro da ordem universal pregada por ela!

Francamente, me desanima ver como após tanto esforço para acabar com preconceitos, evoluirmos e desenvolver melhorias para toda a sociedade, a igreja parece regredir a idade média e condenar tudo aquilo que ela não é capaz de controlar. É basicamente, se você for rico, a igreja quer que você doe tudo e fique pobre, se for pobre, ela quer que você continue assim, se for negro, azar o seu, mas fingimos que te aceitamos porque por lei ela não poderia te expulsar, se for branco, bem vindo meu filho, deus o protegera de tudo e todos, se for gay, foge querido antes que ela te coloque em um acampamento para tentar te transformar em hetero como se sua opção sexual fosse doença, mas agora se você for ateu, corre criatura, e corre muito, se te pegarem você será apedrejado em praça pública enquanto fazem discursos de quão errado você está e de que sua não-crença é coisa do capeta.

Parece ridículo, mas é essa a sensação que tenho ao ver os comentários de evangélicos espalhados por ai, uma igreja com uma força monumental, pregando que todos devem ser homogêneos, sem distinção, como se ser diferente ou mostrar uma opinião fosse o caos do universo.

Me pergunto em que ano estamos? Como as pessoas, caem nessa loucura de se tornar algo muito mais que apenas ser fiel, – porque ser fiel, pelo que eu entendo não é abrir mão de tudo o que te torna individual, mas é respeitar e agir para o bem em comum – como acabam largando toda sua individualidade, ainda mais com um mundo com tanta informação, como se tornam escravos de algo que deveria servir apenas como apoio?

Atitudes ridículas como as de algumas igrejas, (não posso generalizar, pois sei também que não são todas assim) me fazem sinceramente perder a fé na humanidade. Pois se aquilo que nos é dado para instruir, para nos fazer alguém melhor, para nos tornar mais humanos, na realidade só tem tirado nossa humanidade, então, qual o objetivo de acreditar em algo? Se isso nos leva a regredir ao invés de crescer? Estou começando a achar que o novo mal do mundo é na realidade aqueles que dizem falar em nome de um único deus.

Post meio confuso, mas era um assunto delicado e minha revolta é um pouco grande demais para conseguir organiza-lo sem ofender ninguém. E que fique claro, não condeno nenhuma religião, acho que todas tem pontos interessantes e inclusive o ateísmo também tem coisas interessante. E que fique claro, não julgo quem é religioso, e sinceramente respeito todos, e quanto ao final do meu texto, me refiro a aqueles que não aceitam que possam haver outras religiões e crenças por ai, e que julgam e pregam a sua, como sendo unica verdade.

3 respostas a “O novo mal do mundo, a igreja?”

  1. Sou de família católica e desde pequena fui levada pra Igreja, seja com minha avó ou com a minha mãe. Fui batizada e crismada, como manda o protocolo. E aceitava os preceitos da Igreja bem de boa. Mas de alguns anos pra cá as coisas mudaram e mim: é tanta barbaridade difundida pela Igreja, tanta maluquice que pra mim tem se tornado impossível acompanhar uma coisa dessas. Pra mim o maior objetivo dos católicos é perpetrar o amor ao próximo, e não ficar julgando se a pessoa dorme com homens ou mulheres (ou todos juntos, vai saber!). Isso não é da conta de ninguém e menos ainda interfere na conduta da pessoa na sociedade. Só sei que tem muita coisa errada nesse mundo para eles ficarem se preocupando com a sexualidade alheia. #revoltada

  2. Acho que todo mundo as vezes para pra pensar nessas suas “dúvidas”… Eu acredito em Deus, mas não frequento nenhuma igreja e sinceramente não me faz muita falta…
    Essa parte sobre a igreja (acho que vc estava falando da católica) – parecer estar na idade média, faz bastante sentido pra mim.. aliás, não acho que sejam só as igrejas, mas as pessoas como um todo vivem cercadas por tabu’s que são tabu’s a centenas de anos e não se vencem, nesse aspecto…
    -indignação-
    hehehe..
    beijão, Mari…

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