Não sei se sou eu, ou o mundo que está doido, mas porque as pessoas não simplesmente cuidam de suas próprias vidas? Por culpa das redes sociais, ou talvez da nossa necessidade de atenção, nada pode acontecer sem todo mundo ficar sabendo.

Se você não tem uma foto feliz na balada, sua vida é triste, se você não se declara para seu amor dessa semana, – já que semana que vem, você já está namorando outro – você é infeliz, se não faz declaração de amor para sua mãe nos dias das mães, você não a ama, e por ai vai.

Ah, mas se você posta uma foto sua na balada mega feliz com os amigos, só está tentando mostrar quão popular você é, se se declara para seu amor, é porque tem medo de que outra garota roube-o de você, e se posta foto com sua mãe dizendo que a ama, você é seguidor de modinhas.

Meu deus, não podemos fazer nada que está sempre tudo errado. Se coloco uma foto porque gostei, ah, queria chamar atenção, se não coloco, ah está deprimida, será que as pessoas podem por favor adotar uns gatos e cuidar das 7 vidas deles? Ou adotem 7 cachorros! Tem tantos precisando de um lar! <3

Não vou ser hipócrita e dizer que nunca julguei alguém que postou ou deixou de postar algo, porque obvio, já fiz isso, mas pera ai, tem gente que vive pra isso, e meu deus, parece que não tem nada pra fazer além de tomar conta da vida alheia!

Antes as pessoas já fofocavam uns dos outros, agora, então, fofocam até de quem nunca viram. Ah! A fulana, está saindo com o ciclano. Ai você simplesmente pergunta, quem são eles? E tem uma resposta como se você fosse louca varrida porque não sabe que a fulana, é ex-namorada do carinha X, que é amigo da prima da tia da melhor amiga daquela menina que você viu na balada Y.

Isso tudo sem contar que não se pode fazer absolutamente nada sem que todo mundo fique sabendo e especulando sobre oo que diabos você foi fazer com quem quer que seja em qualquer lugar. Meu deus, gente, sério, vamos voltar a jogar The Sims porque assim temos mais vidas para cuidar.

Ai fico me perguntando, será que um dia, essa perseguição toda, essa invasão toda de privacidade um dia vai passar? Quer dizer, será que um dia as pessoas vão simplesmente se irritar e deixar de lado o que fulana ou ciclana fazem da vida e passarem a cuidar  das suas próprias?

Lembro de quando essa história de redes sociais começou, meu pai sempre foi contra, dizendo que assim, seriamos assaltados, sequestrados e sabe-se lá mais o que, e eu, nunca dei ouvidos, e nunca me aconteceu nada, mas lembro que na época ficava com medo de as pessoas verem os lugares que eu ia, nunca fazia os “check-in”em lugares, e detestava quando aqueles amigos – quero ser popular – marcava: XX está com Mari em bla bla bla, como se mostrar com quem e onde estávamos fosse a coisa mais interessante do mundo. Claro que depois me acostumei, mas será que deveria ter me acostumado? quer dizer, porque as pessoas tem que saber onde estou e com quem estou? porque não posso simplesmente estar lá, porque precisamos divulgar que estamos?

Seria isso, essa necessidade de nos mostrar, uma deficiência, ou uma doença ainda sem nome do ser-humano? Será que daqui 10 anos, vamos ouvir as pessoas dizendo: ah fulano tem síndrome de atenção, precisa dizer onde está, do mesmo jeito que hoje, todas as crianças do planeta sofrem bullying, ou tem DDA. Será que não estamos só suprindo uma falta de afeto, por não conseguirmos nos entregar para o outro totalmente, por simplesmente, termos medo de nos machucar? Sei lá, parece meio louco, e não duvido que essa necessidade de atenção daqui algum tempo tenha um nome chique para dizer que as pessoas simplesmente estão desesperadas por se mostrar, para serem aceitas.

Sei lá, só posso dizer que esse foi mais um daqueles posts bem interessantes no qual eu digo nada mas falando tudo, tentando colocar minha cabeça em ordem sobre assuntos que deveriam ser mais sérios..

Isso tudo porque eu não aguentava mais ver fotos de filhos  (quando ainda eram bonitinhos) com as mães no facebook, como se falar para sua mãe através de um post que ela mal sabe acessar fosse realmente a melhor forma de dizer para ela que você a ama.

De qualquer jeito, Feliz dia das mães, para todas as mamães de primeira, segunda, terça ou vigésima viagem, para as mães de criação e de sangue, para as tias que criaram os amigos dos filhos tão bem quanto seus próprios filhos. Feliz dia a todas as mulheres, pois toda mulher é mãe de alguma forma.

2 respostas a “Redes sociais, dias das mães, e a falta de privacidade”

  1. Eu não gosto de rede sociais justamente por isso. Continuo no facebook porque não tenho nenhum outro modo de conversar com as pessoas (sdds msn, não gosto do skype) e por causa da faculdade. — Mas já quis excluir esse negócio tantas vezes que olha… aff!
    Eu não posto nada, não comento nada, não vejo nada, e se reclama eu só digo que não uso mesmo. ‘-‘ Só compartilho os meus surtos otakus e olhe lá. HAHAHA!

    Beijinhos :*

  2. Tenho quase todas as redes sociais mais famosinhas, mas a única que gosto de usar mesmo é o twitter. O meu facebook nunca é atualizado, praticamente só abro quando preciso usar o messenger – e mesmo isso prefiro usa só pelo celular, que aí é só o app das mensagens e pronto. Não tenho paciência pra facebook e pro monte de mimimi que o pessoal publica na timeline. Acho que quem mais usa meu facebook é a minha irmã, que adora publicar coisas aleatórias na minha linha do tempo, haha. XD

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